O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, disse aos jornalistas, no final da reunião do executivo da passada segunda-feira, dia 25 de Agosto, que o executivo que lidera pretende que a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) seja mais atractiva para os empresários. “Precisamos de ter uma Plataforma que atraia mais”, disse o autarca, após o seu nome ter sido aprovado para representante da autarquia na Assembleia Geral da PLIE.
Álvaro Amaro lembrou que estão em curso as obras de criação de um Parque TIR para apoio e estacionamento ao transporte internacional rodoviário de mercadorias. A empreitada, com o custo de 144 mil euros mais IVA, abrange uma área de 32.780 metros quadrados e prevê a criação de 110 lugares de estacionamento para viaturas pesadas (15 para viaturas de transporte de frio) e de 27 lugares para viaturas ligeiras. Está também contemplada a colocação de vedação em todo o perímetro do parque, a criação de espaços edificados para permanência de funcionários de segurança, balneários e instalações sanitárias para motoristas e uma área para refeitório. O novo parque TIR ficará também dotado com um sistema de videovigilância.
O presidente da autarquia da Guarda reconhece que o investimento vai “garantir a segurança” daquele espaço e irá permitir retirar os camiões que actualmente, aos fins-de-semana, se encontram estacionados nas ruas da Guarda, que futuramente ficarão proibidos de estacionar fora do espaço apropriado. No âmbito das obras em curso, contou que alguns empresários já perguntaram se o recinto também tem restaurante e abastecimento de combustível. “Nós queremos que (a PLIE) seja uma verdadeira Plataforma”, assegurou, lembrando que a autarquia precisa de “encontrar uma forma rápida de vender o espaço PLIE”. Em relação à próxima Assembleia Geral, disse que gostaria de “ter essa boa surpresa de haver empresários que queiram reconfigurar o capital”. “Não tenho interesse em municipalizar o que quer que seja”, observou.
O vereador do PS, José Igreja, disse aos jornalistas, também no final da reunião do executivo, que a PLIE “é uma iniciativa do PS de grande mérito”. “Temos ainda ali uma espécie de elefante branco, mas que tem uma capacidade incrível de poder virar a Guarda do avesso a nível positivo” observou o vereador, acrescentando que é possível colocar lá “comércio, indústria e serviços”. Lembrou que no seu projecto eleitoral tinha a ideia de criar na autarquia “uma equipa especializada” para “procurar investimento para aquele lugar”. Recordou ainda que a PLIE “tem uma parte privada e outra municipal” e que os eleitos do PS gostariam que, no plano da gestão, fosse criada “uma empresa privada pura” com capacidade de adquirir à Câmara Municipal todo o espaço ali existente. No entanto, disse compreender que devido à actual situação económica nacional “a parte privada não esteja interessada em adquirir aquele bem”. José Igreja disse que os dois vereadores do PS irão aguardar “com serenidade” o que se vai passar na próxima Assembleia Geral da PLIE, onde a autarquia, como ficou decidido, será representada pelo seu presidente.