Câmara faz desafectação de área do domínio público no Parque Urbano do Rio Diz

Zona pode acolher futuro Centro de Exposições Transfronteiriço

A desafectação do domínio público para o domínio privado do município, de uma área de dez mil metros quadrados do Parque Urbano do Rio Diz, para eventual construção do futuro Centro de Exposições Transfronteiriço, foi o ponto em análise na reunião extraordinária, da última sexta-feira, 13 de Dezembro, da Câmara da Guarda.
O Presidente da autarquia explicou que o município decidiu proceder “à transferência do domínio público de uma área de dez mil metros para o domínio privado do município”.
Carlos Chaves Monteiro adiantou que “com esta deliberação da Câmara estamos única e simplesmente a ampliar a área susceptível de ser instalado e construído um Centro de Exposições Transfronteiriço, se for esta a solução”. Explicou também que caso o Parque Urbano do Rio Diz seja escolhido para acolher o equipamento, será necessário avançar com outros procedimentos e alterar o seu Plano de Pormenor.
De acordo com o autarca o Parque Urbano do Rio Diz é “uma das possibilidades” para a construção do Centro de Exposições Transfronteiriço e, com a deliberação aprovada na reunião extraordinária de sexta-feira, o município está a “ampliar a possibilidade” de ficar localizado naquela zona da cidade.
Carlos Chaves Monteiro considera mesmo que o local é “uma possibilidade forte, susceptível de satisfazer os interesses e as necessidades da Guarda e valorizar o tecido económico, cultural e científico”.
Recorde-se que em Fevereiro deste ano, o executivo, na altura presidido por Álvaro Amaro, tinha aprovado, por unanimidade, que o equipamento seria construído no espaço da antiga fábrica têxtil, na zona do Rio Diz. Em relação a este espaço, que foi adquirido em 2001 pelo então executivo socialista, por dois milhões de euros, Carlos Chaves Monteiro explicou que nunca foi escriturado e o assunto vai ser discutido pela via judicial, inviabilizando, de momento, a construção do Centro de Exposições Transfronteiriço.
As propostas apresentadas pelo estudo encomendado pela Câmara a um gabinete do Porto, apontam o Parque Urbano do Rio Diz, o Estádio Municipal, o espaço da feira quinzenal, a área da antiga fábrica Tavares, junto da rotunda Portas da Cidade, a antiga fábrica Delphi e a Quinta da Maunça como possíveis locais para a construção do equipamento.
Em Fevereiro, a Câmara da Guarda explicou que a sugestão relacionada com a antiga fábrica Tavares apresenta “o custo global de construção mais baixo, no valor de nove milhões de euros, relativamente a todas as restantes localizações analisadas”.
O próprio documento adianta que “é o local ideal, com todas as potencialidades para o nascimento de uma nova centralidade na Guarda, charneira de ligação entre a cota baixa e a cota alta da cidade, potenciador da dinamização e regeneração do tecido urbano envolvente, nomeadamente a redefinição paisagística da zona envolvente, implementando uma continuidade e interligação com o actual parque da cidade”.
A posposta de desafectação da parcela de terreno do domínio público do Parque Urbano do Rio Diz, foi aprovada por maioria, com o voto contra da vereadora do PS, Cristina Correia. Recorde-se que, em Fevereiro, a proposta de localização deste novo equipamento na antiga Fábrica Tavares teve os votos favoráveis dos vereadores do PS, Eduardo Brito e Pedro Fonseca. Na altura Eduardo Brito disse que “a localização é boa e cria uma nova centralidade”.
O Centro de Exposições Transfronteiriço será um espaço multiusos para acolher vários eventos bem como a Feira Ibérica de Turismo e a Feira Farta.

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