José Manuel Biscaia admite avançar com providência cautelar
Na manhã de 3 de Junho, o presidente da Câmara Municipal de Manteigas, José Manuel Biscaia, disse em conferência de imprensa que a autarquia está contra a obra e contra o facto de a estrada estar cortada, admitindo a possibilidade de avançar com uma providência cautelar contra o Governo e contra a EP. “Bem me custa”, disse o autarca, referindo que preferia encontrar “soluções que fossem adequadas para ambas as partes”, mas os “meios normais de contacto telefónicos e por escrito efectivamente não resultam”. José Manuel Biscaia disse que, em relação ao projecto de beneficiação da ER 338, por parte do Governo e da EP, “não se cumprem nem se respeitam compromissos e promessas”. Considera que a colocação de um novo piso, como está previsto, não é solução, reclamando a sua devida “requalificação”, tendo em conta que a solução “não é adequada para Manteigas, nem para o seu desenvolvimento”.
A EP emitiu um comunicado onde considerou que o alargamento da plataforma da ER 338 é “ambientalmente inadequado e financeiramente insustentável”. “Trata-se de uma estrada de montanha que se desenvolve ao longo do vale glaciar, onde se torna muito difícil, ambientalmente inadequado e financeiramente insustentável, qualquer cenário de alargamento da plataforma, face ao terreno acidentado e ao cenário geológico de elevada instabilidade que é atravessado”, justificou.