Proposta foi aprovada por maioria na última reunião
A Câmara da Guarda aprovou a aquisição de um imóvel situado na Rua Augusto Gil, “que se encontra devoluto há muitos anos” com o objectivo de dar mais vida ao Centro Histórico. A proposta foi aprovada por maioria, com a abstenção dos vereadores do PSD, na reunião do executivo, desta segunda-feira, 10 de Outubro.
Sérgio Costa deu conta de que se trata de um “imóvel na Rua Augusto Gil onde já foi a Igreja de Santa Maria do Mercado, mais tarde o Teatro e as Instalações dos Bombeiros Voluntários, mais recentemente uma oficina de automóveis e agora está devoluto há muitos anos”.
A aquisição do imóvel, por 225 mil euros, foi aprovada “na abrangência do Portugal 2030” e o executivo já está a trabalhar para “ali poder surgir um novo equipamento para a cidade, para o nosso centro histórico, para ajudar à sua dinamização”. Sérgio Costa referiu que o grande objectivo “é dar mais vida ao Centro Histórico” e garantiu que “a seu tempo, apresentaremos à cidade esse projecto”.
Sem revelar o destino a dar ao imóvel, Sérgio Costa disse que a estratégia de recuperação do Centro Histórico “será apresentada, a seu tempo, à cidade”, quando estiver já no ponto em que o executivo considerar que “deve ser apresentada”. E acrescentou: “Os estudos estão a ser feitos” e serão apresentados no devido tempo.
Em relação à possibilidade de surgirem vestígios arqueológicos no local, o Presidente da autarquia adiantou que “terá de ser tudo devidamente acautelado”. E explicou: “Se aparecerem vestígios do quer que seja, nós temos de os acautelar, temos de os preservar, temos de os mostrar à cidade”. Tudo o que aparecer no edifício, em termos de elementos arquitectónicos, patrimoniais e arqueológicos, “será para preservar”.
Luís Couto, vereador do PS, votou a favor da proposta de aquisição do edifício, apesar não ter obtido resposta do executivo sobre o destino que terá no futuro. Disse que “o imóvel já passou várias fases, é um imóvel com muitos anos e tem grandes custos de construção”.
Lembrou que o município já adquiriu outros edifícios no centro histórico e “nunca mais entram em obras”.
Carlos Chaves Monteiro chamou a atenção para o facto do actual executivo ter comprado mais um imóvel e não ter dito com que finalidade. Lembrou que “num passado recente, não houve um único imóvel que tivesse sido comprado, que o executivo de então não tivesse declarado logo qual era o objectivo da compra desse imóvel”.