António Costa quer turismo como actividade sustentável de Norte a Sul do país

Primeiro-ministro esteve na inauguração da 3.ª Feira Ibérica de Turismo

O primeiro-ministro, António Costa, esteve na quinta-feira, dia 5 de Maio, na cidade da Guarda, onde presidiu à cerimónia inaugural da 3.ª Feira Ibérica de Turismo (FIT), que decorreu até domingo, dia 8, no Parque Urbano do Rio Diz, por iniciativa da Câmara Municipal.
António Costa, que esteve acompanhado pela Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, reconheceu que a FIT “valoriza o mercado ibérico de turismo” e disse que o turismo é um sector que importa expandir para aproveitar os recursos endógenos existentes em todas as regiões do país. “O turismo é um sector que importa expandir para aproveitar precisamente os recursos endógenos que existem em todas estas regiões do país. Temos todos grandes desafios pela frente para que o turismo seja uma actividade sustentável de Norte a Sul e do Litoral ao Interior”, afirmou. No seu discurso, o primeiro-ministro disse que “é essencial desconcentrar a procura turística, geográfica, e ao longo de todo o ano” e “crescer em valor na oferta, criando factores de atractividade que levem os turistas a conhecer regiões que não são as tradicionais e a ficar mais tempo e a gastar mais”. “É nisto que estamos a trabalhar. A criar as condições para promover a sustentabilidade desta actividade turística em todo o território nacional, para que crie, de facto, riqueza e emprego qualificado”, assumiu. Para cumprir este objectivo, indicou que o Governo que lidera assumiu como prioridades “uma forte aposta na valorização do património e na cultura como factores distintivos” e está “também a dinamizar um programa de investimento no património público para a sua requalificação para uso turístico”.
António Costa lembrou também que o turismo representa neste momento, em Portugal, 15,3% das exportações nacionais e 8,2% do emprego, por isso, disse ser essencial que o Interior do país possa “beneficiar desta onda positiva da procura turística que Portugal vive”. “Só assim é possível criar mais riqueza, criar oportunidades para os jovens e assegurar, de facto, a coesão territorial, atenuando as assimetrias regionais”, defendeu, salientando ainda que o território localizado junto da fronteira com Espanha, que durante muitos anos foi visto como “as traseiras do Litoral”, é uma região “com grande oportunidade”. O primeiro-ministro também reconheceu que o Interior do país goza de uma posição privilegiada no contexto ibérico.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, disse na sua intervenção que a FIT “é já uma referência ibérica importante para o desenvolvimento dos territórios transfronteiriços”, por isso, espera e deseja que o certame, que cumpriu a 3.ª edição, “seja um grande sucesso para o turismo português”.
O Embaixador do Brasil em Portugal, Mário Vilalva, referiu que aquele país, que participou pela primeira vez na FIT como país convidado tomou “uma boa decisão” em marcar presença no evento promovido pela autarquia a Guarda. Mário Vilalva sublinhou que Portugal tem muitas potencialidades turísticas e não é apenas Porto, Coimbra, Lisboa ou Faro.
A FIT contou com 126 expositores, desde operadores hoteleiros a Comunidades Intermunicipais, Comissões Vitivinícolas, Regiões de Turismo, empresas de turismo activo, agências de viagens, Câmaras Municipais e associações, entre outros.

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