Centro de Estudos Ibéricos


Alargar o Prémio Eduardo Lourenço à América Latina e aos PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa foi o desafio lançado pelo presidente da Câmara da Guarda na cerimónia de entrega do Prémio Eduardo Lourenço 2023. Sérgio Costa disse que “temos de assumir estas novas dimensões do Premio Eduardo Lourenço, sendo ponte entre a América Latina e os PALOP, abrindo caminho para uma exploração mais profunda das influências recíprocas entre continentes e culturas, criando um diálogo intercultural enriquecedor”.
O autarca começou por explicar que “o CEI – Centro de Estudos Ibéricos, após 22 anos, ultrapassou, naturalmente, as fronteiras da Península Ibérica, tal como Portugal e Espanha o fizeram em tempos com os Descobrimentos”. E acrescentou: “O seu papel de elo cultural e académico entre os diferentes povos e culturas que a nossa ‘Jangada de Pedra’ nos levou, tem de ser uma ligação de verdadeira reciprocidade e partilha entre continentes”.
“Cabe-nos a tarefa de assumir a História e o legado dos que a foram construindo, mas também pensar o futuro com ideias de paz, fraternidade e cooperação entre povos”, disse Sérgio Costa.
E acrescentou: “A Guarda, Cidade coroada por uma Sé fortaleza, navio de pedra ao alto de uma montanha, orgulhosa do seu Passado, saberá ser o fio que ajudará a continuar a tecer a rica tapeçaria da herança Ibérica”.
Sérgio Costa explicou que “no ano do Centenário do Nascimento de Eduardo Lourenço, a Guarda orgulha-se de celebrar a sua vida e obra deste notável Beirão, expandindo o seu legado e reiterando o compromisso com o projecto do Centro de Estudos Ibéricos, apostando na cooperação como forma de superar fronteiras e procurando um diálogo frutuoso entre culturas ancestralmente separadas”.
O autarca considerou que “prosseguindo os valores humanistas e a dimensão universal enunciados pelo seu Mentor e Director Honorífico, o CEI soube aliar a investigação à acção e dinamizar a cooperação territorial, tendo-se afirmado como plataforma de diálogo, encontro de culturas e centro de transferência de conhecimentos”.
Apontou o CEI como um importante projecto de valorização cultural e territorial da região, “construído ao longo dos anos com grande empenho, espírito de união e cumplicidade”.
“Alicerçado nos pilares do Conhecimento, da Cultura e da Cooperação, o CEI prosseguirá a sua missão focada no reforço da competitividade dos territórios de baixa densidade, na procura de uma coesão social mais inclusiva e na promoção de iniciativas de cooperação e desenvolvimento”, referiu Sérgio Costa. E acrescentou: “Estamos cientes que o ciclo de políticas comunitárias que agora se inicia nos convoca e estimula a novas abordagens, tendo em vista oportunidades criativas de desenvolvimento e coesão”.